É muito comum a confusão entre os conceitos de moedas digitais e criptomoedas
Adriana Garibe
Moedas Digitais e Criptomoedas – Como são assuntos atuais e ainda pouco usuais para a população em geral, podem realmente causar certa confusão. Apesar de toda criptomoeda ser uma moeda digital, nem toda moeda digital é uma criptomoeda.
Uma criptomoeda é um meio de troca, que utiliza da tecnologia de blockchain (validação de dados) e da criptografia para assegurar a validade das transações. Já a moeda digital tem um conceito amplo, abarcando qualquer moeda eletrônica. Um exemplo prático deste conceito amplo que é de uso rotineiro da população na atualidade, é o cartão de crédito online, gerado de forma virtual e apenas para determinada transação. Este cartão on-line nada mais é do que um tipo de moeda digital.
As moedas digitais são controladas por instituições financeiras oficiais, que, no caso do Brasil é o Banco Central (BC). Já, para as criptomoedas não existe uma autoridade específica responsável por sua criação, emissão e controle, e as transações são registradas em blockchain. Esta tecnologia se destaca porque é dificilmente alterada, o que faz com que uma transação dificilmente seja revertida, trazendo maior segurança para os usuários.
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Interessante ressaltar que as moedas digitais têm seu valor atribuído pelas normas do Banco Central, enquanto quem define o preço da criptomoeda é o próprio mercado, seguindo a lei da oferta e da procura.
E por fim, elas se diferem porque as criptomoedas são chamadas dessa forma por serem moedas criptografadas, ou seja, por usarem a tecnologia de criptografia para aumentar sua privacidade e segurança. Como são diferentes, ambas não competem entre si, sendo certo que cada uma tem a sua finalidade específica dentro do sistema financeiro de um país.
No Brasil, o uso das criptomoedas está cada vez mais comum, mas ainda está longe de ser algo acessível a toda a população. Pensando nisso e, depois do sucesso do Pix, o Banco Central pretende ampliar as formas de pagamento com a implementação do real digital. Foi criado um laboratório para estudo e análise de projetos para estudar a viabilidade do uso da moeda real digital. Os testes devem começar até o final de 2022, conforme afirmou recentemente o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto. Porém, ante a sua complexidade, o Real Virtual deve demorar um tempo para ser implementado.
O Banco Central já definiu algumas diretrizes para o real digital, mas espera o resultado do laboratório para fechar o projeto completo. Já está certo que a moeda virtual vai ser igual ao real em papel, mas só vai poder ser usada em transações eletrônicas e será armazenada em carteiras digitais de instituições financeiras.
A tecnologia a ser utilizada ainda não foi definida, mas o blockchain, que é usado nas criptomoedas, é o mais provável. Porém, diferentemente da bitcoin e de outras criptomoedas, o real digital estará sob o controle do Banco Central, ou seja, será uma Moeda Digital do Banco Central. Na prática, será reconhecido oficialmente como moeda brasileira. Ou seja, o valor sempre estará atrelado ao mesmo do real em papel.
A China já tem um piloto em funcionamento em algumas cidades e pretende fazer testes com visitantes nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.
“Muitos bancos centrais pretendem melhorar o sistema de pagamentos ou trazer acesso aos não bancarizados. Não é o caso do Brasil, que já tem o Pix. O BC quer uma maior eficiência de troca em um mundo digital”, explica Marcos Viriato, presidente da Parfin, fintech global de criptomoedas e especialista no assunto.
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Assista ao vídeo onde Adriana Garibe faz um resumo sobre o assunto
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