João Antonio Pagliosa
.
Estamos em 2018, todavia estamos vivendo com a produção de 2011, ou seja, com a produção de sete anos atrás! É óbvio que nesses sete anos as despesas cresceram. Os custos com aposentados e os outros beneficiários do INSS cresceram mais de 3% ao ano, e as aposentadorias do setor público cresceram a uma taxa ainda mais alta, os servidores públicos em atividade tiveram suas vantagens pagas em função do tempo de serviço. Tudo isso implica em maiores despesas.
O governo não ter conseguido fazer a reforma previdenciária foi muito danoso para o país, e isso precisa ser discutido novamente porque a situação é caótica e fica cada dia pior.
Nosso sistema de saúde pública está muito precário, entretanto, é sabido que atualmente em torno de 90% de toda a carga tributária líquida arrecadada pela União é destinada a previdência, saúde e assistência social. Quer dizer, o cobertor é curto demais… Os tributos são altos demais, e são insuficientes para atender a demanda porque o governo gasta muito mal. Gastam muito com os próprios políticos e com os servidores públicos… Pouco fazem e ganham demais…
Em 2017 tivemos um déficit primário de 119 bilhões de reais. Ainda em 2017, pagamos 341 bilhões de reais só de juros da dívida ativa. Só isso equivale a mais de 7% do PIB. Uma loucura!
Déficits primários maiores aumentam nossa dívida externa e, em decorrência, pagaremos mais juros e aumentamos o valor da dívida.
Greves e tumultos só irão atrapalhar ainda mais nosso PIB, e nos tornarão ainda mais pobres… É bom pensar sobre isso antes de bagunçar o coreto…
O Brasil merece nosso respeito!