Estefan, presidente do SindusCon-SP fala sobre os planos da gestão e é recebido pelo diretor da Regional Campinas, Marcio Benvenutti
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O presidente do SindusCon-SP, Yorki Estefan, eleito para o mandato 2023-2024, na sua primeira visita à sede da Regional Campinas da entidade, comentou sobre os planos de sua gestão, a força da cadeia produtiva, reindustrialização, ações voltadas para a sustentabilidade ambiental, incentivos para o desenvolvimento de novas tecnologias e a importância das plataformas educacionais da entidade. Ressaltou ainda a importância estratégica das regionais da entidade nas ações da nova gestão. Estefan foi recebido pelo diretor da Regional Campinas, Marcio Benvenutti.
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Qual a representatividade do SindusCon-SP no cenário nacional e como a nova gestão espera conduzir a entidade diante de tantos desafios?
Yorki Estefan – O SindusCon-SP tem a obrigação de liderar a cadeia produtiva, no sentido de levar o nosso setor a ter protagonismo dentro da economia brasileira. São várias iniciativas que temos e que serão somadas às intenções de reindustrialização do País. Precisamos levar o Brasil a outro patamar, com o setor da construção elevando sua participação no PIB nacional.
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Atualmente se fala muito sobre reindustrialização no Brasil. Qual é a visão da entidade e como reindustrializar o setor da construção civil?
Yorki Estefan – A reindustrialização não precisa ser pensada como algo aplicável a toda edificação. Mas boa parte da atividade construtiva já é industrializada e pode ser ainda mais. Por exemplo, hoje temos a possibilidade de receber no canteiro de obras as instalações do banheiro já montadas. Isso proporcionou um ganho de produtividade e qualidade em um pequeno item da construção. Estendendo esse exemplo às demais atividades no canteiro de obras, vamos intensificando a industrialização da construção e beneficiando toda a cadeia produtiva.
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O empreendimento de interesse social é muito importante para o País, pois há muita carência habitacional. Qual é a sua avaliação sobre um modelo de habitação focada para a moradia de baixa renda?
Yorki Estefan – O SindusCon-SP sempre teve uma preocupação muito grande com a habitação popular, especialmente aquela destinada a famílias com renda mensal de até três salários mínimos. Para esta faixa, onde se concentra o maior déficit habitacional, os subsídios do governo federal foram minguando nos últimos anos, e consequentemente a produção desses empreendimentos foi diminuindo.
Acreditamos que o novo governo federal deverá voltar a subsidiar a contratação dessas unidades habitacionais. Entretanto, é preciso que isso seja feito com responsabilidade fiscal, sem desequilibrar ainda mais as contas públicas. Não adianta o governo resolver um lado do problema e seguir obrigado a manter os juros muito altos para financiar seu déficit, o que reduzirá a demanda por financiamentos para famílias das outras faixas de renda. As taxas de juros atuais estão muito proibitivas para um vasto setor da classe média. É preciso diminuir continuamente o déficit público e baixar a taxa de juros, voltando a tornar acessíveis os financiamentos habitacionais.
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Quais são os projetos do SindusCon-SP voltados para o meio ambiente e novas tecnologias?
Yorki Estefan – Em relação ao meio ambiente, o SindusCon-SP sempre liderou algumas iniciativas no Brasil, desde a destinação correta dos resíduos gerados na atividade da construção até outras medidas relevantes para o combate às mudanças climáticas. A mais recente dessas iniciativas é a ferramenta CECarbon (calculadora de consumo energético e emissões de carbono para edificações), que mede o nível atual de emissões no projeto e na construção de um empreendimento, permitindo assim planejar processos menos agressivos ao meio ambiente e fixar metas de redução dessas emissões. Atualmente, o setor tem instrumentos para gerenciar a parte ambiental de uma forma como não tinha anteriormente.
A CECarbon está sendo aprimorada continuamente e vai se tornar uma realidade em todo o país, contribuindo para as metas nacionais de redução de emissões. A indústria de materiais de construção também está tomando iniciativas para reduzir suas emissões, e isso é muito importante, porque o grande impacto ambiental está na fabricação desses materiais e não nos canteiros de obras.
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Qual a importância das regionais do SindusCon-SP na capilaridade das ações desenvolvidas pela entidade, na sua gestão?
Yorki Estefan – Campinas é a segunda cidade mais importante do Estado de São Paulo. Temos uma expectativa muito grande de que a Regional Campinas, além do excelente trabalho que tem realizado, amplie essa atuação, em sintonia com a sede. Nós vamos trabalhar cada vez mais unidos e todas as iniciativas da sede e das regionais vão estar interligadas. Uma de nossas propostas de trabalho também abrange a área educacional. Temos na Regional Campinas a plataforma SindusCon-SP na Prática, em parceria com universidades e fabricantes de sistemas construtivos, sendo uma das iniciativas educacionais vitoriosas concebidas pela entidade.
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A entidade tem realizado gestões, incentivando a valorização e a regulação do mercado, principalmente na relação construtoras-consumidores. Como está isso?
Yorki Estefan – O presidente do SindusCon-SP, Yorki Estefan, eleito para o mandato 2023-2024, na sua primeira visita à sede da Regional Campinas da entidade, comentou sobre os planos de sua gestão, a força da cadeia produtiva, reindustrialização, ações voltadas para a sustentabilidade ambiental, incentivos para o desenvolvimento de novas tecnologias e a importância das plataformas educacionais da entidade. Ressaltou ainda a importância estratégica das regionais da entidade nas ações da nova gestão. Estefan foi recebido pelo diretor da Regional Campinas, Marcio Benvenutti.
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Qual a representatividade do SindusCon-SP no cenário nacional e como a nova gestão espera conduzir a entidade diante de tantos desafios?
Yorki Estefan – O SindusCon-SP tem a obrigação de liderar a cadeia produtiva, no sentido de levar o nosso setor a ter protagonismo dentro da economia brasileira. São várias iniciativas que temos e que serão somadas às intenções de reindustrialização do País. Precisamos levar o Brasil a outro patamar, com o setor da construção elevando sua participação no PIB nacional.
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Atualmente se fala muito sobre reindustrialização no Brasil. Qual é a visão da entidade e como reindustrializar o setor da construção civil?
Yorki Estefan – A reindustrialização não precisa ser pensada como algo aplicável a toda edificação. Mas boa parte da atividade construtiva já é industrializada e pode ser ainda mais. Por exemplo, hoje temos a possibilidade de receber no canteiro de obras as instalações do banheiro já montadas. Isso proporcionou um ganho de produtividade e qualidade em um pequeno item da construção. Estendendo esse exemplo às demais atividades no canteiro de obras, vamos intensificando a industrialização da construção e beneficiando toda a cadeia produtiva.
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O empreendimento de interesse social é muito importante para o País, pois há muita carência habitacional. Qual é a sua avaliação sobre um modelo de habitação focada para a moradia de baixa renda?
Yorki Estefan – O SindusCon-SP sempre teve uma preocupação muito grande com a habitação popular, especialmente aquela destinada a famílias com renda mensal de até três salários mínimos. Para esta faixa, onde se concentra o maior déficit habitacional, os subsídios do governo federal foram minguando nos últimos anos, e consequentemente a produção desses empreendimentos foi diminuindo.
Acreditamos que o novo governo federal deverá voltar a subsidiar a contratação dessas unidades habitacionais. Entretanto, é preciso que isso seja feito com responsabilidade fiscal, sem desequilibrar ainda mais as contas públicas. Não adianta o governo resolver um lado do problema e seguir obrigado a manter os juros muito altos para financiar seu déficit, o que reduzirá a demanda por financiamentos para famílias das outras faixas de renda. As taxas de juros atuais estão muito proibitivas para um vasto setor da classe média. É preciso diminuir continuamente o déficit público e baixar a taxa de juros, voltando a tornar acessíveis os financiamentos habitacionais.
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Quais são os projetos do SindusCon-SP voltados para o meio ambiente e novas tecnologias?
Yorki Estefan – Em relação ao meio ambiente, o SindusCon-SP sempre liderou algumas iniciativas no Brasil, desde a destinação correta dos resíduos gerados na atividade da construção até outras medidas relevantes para o combate às mudanças climáticas. A mais recente dessas iniciativas é a ferramenta CECarbon (calculadora de consumo energético e emissões de carbono para edificações), que mede o nível atual de emissões no projeto e na construção de um empreendimento, permitindo assim planejar processos menos agressivos ao meio ambiente e fixar metas de redução dessas emissões. Atualmente, o setor tem instrumentos para gerenciar a parte ambiental de uma forma como não tinha anteriormente.
A CECarbon está sendo aprimorada continuamente e vai se tornar uma realidade em todo o país, contribuindo para as metas nacionais de redução de emissões. A indústria de materiais de construção também está tomando iniciativas para reduzir suas emissões, e isso é muito importante, porque o grande impacto ambiental está na fabricação desses materiais e não nos canteiros de obras.
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Qual a importância das regionais do SindusCon-SP na capilaridade das ações desenvolvidas pela entidade, na sua gestão?
Yorki Estefan – Campinas é a segunda cidade mais importante do Estado de São Paulo. Temos uma expectativa muito grande de que a Regional Campinas, além do excelente trabalho que tem realizado, amplie essa atuação, em sintonia com a sede. Nós vamos trabalhar cada vez mais unidos e todas as iniciativas da sede e das regionais vão estar interligadas. Uma de nossas propostas de trabalho também abrange a área educacional. Temos na Regional Campinas a plataforma SindusCon-SP na Prática, em parceria com universidades e fabricantes de sistemas construtivos, sendo uma das iniciativas educacionais vitoriosas concebidas pela entidade.
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A entidade tem realizado gestões, incentivando a valorização e a regulação do mercado, principalmente na relação construtoras-consumidores. Como está isso?
Yorki Estefan – Participamos ativamente da elaboração de novas normas técnicas, e dos aperfeiçoamentos das já existentes, que proporcionam qualidade aos nossos empreendimentos e garantias de seu bom desempenho aos consumidores.
As normas também são relevantes para afastarmos a concorrência desleal. Essa é uma das grandes bandeiras dessa gestão: afastar a concorrência de maus construtores ou da informalidade. Competir com o mercado formal é do jogo, mas competir com a informalidade que não se sujeita aos elevados tributos e encargos é altamente desleal.
Cada vez mais precisamos valorizar a formalização do nosso setor, a segurança ocupacional, o respeito às mulheres e a integração delas na cadeia produtiva, e a sustentabilidade em todo o processo produtivo da construção civil. São as principais diretrizes que vamos trabalhar nessa gestão.
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Perfil SindusCon-SP
SindusCon-SP é a maior associação de empresas da indústria da construção na América Latina. Congrega 850 construtoras associadas e representa as cerca de 50 mil empresas de construção residencial, industrial, comercial, obras de infraestrutura e habitação popular, localizadas no Estado de São Paulo. Tem sede na capital paulista, e representações em nove regionais e uma delegacia nos principais municípios do Interior. A construção paulista representa 27,6% da construção brasileira, que por sua vez equivale a 4% do PIB brasileiro.
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