Copom está prescrevendo um remédio tóxico para a economia e ineficaz contra inflação provocada por baixa oferta, afirma o empresário Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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“A Selic exagerada, no presente cenário de dificuldades, representa uma estratégia monetária irresponsável perante a população brasileira, cuja prioridade é a criação de empregos, o aumento dos investimentos e a retomada do crescimento econômico.” Afirmação é de Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) e 1º vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), ao analisar o anúncio do Copom, feito nesta quarta-feira (15/06), de aumento de 0,5 ponto percentual da taxa Selic, a qual foi elevada para o patamar de 13,25% ao ano.
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Para Cervone, o problema é ainda mais grave se considerado o fato de que a escalada dos juros desde 2021 não está contendo a inflação, pois esta relaciona-se atualmente ao fenômeno de desarticulação de oferta de bens. Ademais, na oferta de crédito já se percebem os impactos desse forte aperto monetário, como é o caso da concessão de empréstimo pessoal e do financiamento imobiliário. Refletindo essa ação descabida da política monetária, as expectativas para a atividade econômica no segundo semestre e para 2023 não são positivas. “Pelo contrário, as expectativas são de um crescimento do PIB em 2022 próximo a 1,5% e, para o próximo ano, as projeções apontam um avanço de apenas 0,8%”, pondera Cervone.
Para a indústria de transformação, o cenário é ainda mais desafiador, pois, além de já enfrentar questões relativas aos problemas de oferta de insumos e custos elevados, precisa lidar com esse substancial aperto monetário, o qual afeta os canais de crédito, fundamentais à dinâmica do setor. Sempre é importante destacar: os efeitos negativos do aumento da taxa de juros sobre a manufatura são mais expressivos do que para a economia como um todo.
O cenário de lentidão do crescimento deverá manter o desemprego em patamar bastante elevado ao longo deste ano e do próximo, argumenta o presidente do CIESP, ressaltando: “Isso é péssimo para um país com cerca de 11 milhões de desempregados, que já vinha exibindo baixo crescimento antes da pandemia e que precisa conquistar aumento expressivo do PIB para reverter a preocupante expansão do contingente de habitantes abaixo da linha da miséria”, conclui o presidente do CIESP.
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Sobre o Ciesp
O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), entidade civil sem fins lucrativos, fundado em 1928, reúne empresas industriais e suas controladoras, e associações ligadas ao setor produtivo, bem como empresas que possuem por objeto atividades diretamente relacionadas aos interesses da Indústria.
Com sede na capital, o Ciesp também está presente no interior do Estado de São Paulo, por meio de suas 42 Diretorias Regionais, Municipais e Distritais, formando uma sólida estrutura a serviço de mais de 8 mil empresas associadas.
Suas ações são baseadas na preservação dos interesses gerais da Indústria e de seus associados.
Temas de interesse das classes produtoras são estudados, debatidos e levados às autoridades federal, estadual e municipais.
Os associados ao Ciesp têm à disposição um conjunto de serviços, bem como assessoria nas áreas jurídico-consultiva e técnica, econômica, comércio exterior, infraestrutura, tecnologia industrial, responsabilidade social, desenvolvimento sustentável, crédito, e apoio em pesquisas, feiras, simpósios, rodadas de negócios, cursos, convênios e demais eventos promovidos pela Entidade.
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Sobre a FIESP
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) é a maior entidade de classe da indústria brasileira.
Representa cerca de 130 mil indústrias de diversos setores, de todos os portes e das mais diferentes cadeias produtivas, distribuídas em mais de 130 sindicatos patronais.
A atual estrutura da Fiesp reflete o pensamento estratégico e o tratamento homogêneo que a entidade confere às várias cadeias produtivas e aos sindicatos, independentemente do porte das empresas ou do segmento a que pertencem.
A Fiesp conta com 11 Conselhos Superiores Temáticos, coordenados pelo Instituto Roberto Simonsen (IRS).
Em todo o Estado de São Paulo, a Fiesp é representada por 51 diretorias regionais.
Para garantir crescimento harmônico das diferentes cadeias produtivas, também foram criados Comitês para os seguintes setores: cadeia produtiva da Biondústria (BioBrasil), do Desporto (Code), da Biotecnologia (Combio), de Couro e Calçados (Comcouro), da Mineração (Comin), do Papel, Gráfica e Embalagem (Copagrem), da Pesca e da Aquicultura (Compesca), Petróleo e Gás (Competro), da Saúde (Comsaude) e da Indústria Têxtil, Confecção e Vestuário (Comtextil).
Há ainda os Comitês de Jovens Empreendedores, de Ação Cultural e de Responsabilidade Social.
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