Profissionais especializados em tratamento com medicina canabinoide buscam compartilhar seus conhecimentos acerca do tema, explicando por que nada muda na prática e os pacientes poderão seguir seus tratamentos
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Para esclarecer a Resolução nº 2324/2022 do Conselho Federal de Medicina (CFM), anunciada em 14 de outubro, que impactou a classe médica na última semana, será realizada uma mesa redonda com médicos pioneiros na prescrição de Cannabis medicinal no país, bem como, advogados especializados nesse setor, hoje, terça-feira 25/10, às 19h30.
Ao vivo, online e gratuito, o encontro é direcionado a todos os interessados no tema, desde profissionais da saúde e pacientes, até o público em geral.
Além de abordar a situação com embasamentos científicos e técnicos, os profissionais irão compartilhar suas visões e expertise no assunto para elucidar sobre os benefícios da Cannabis medicinal aos pacientes de diversas patologias, com o intuito de promover os avanços que esse tipo de tratamento merece no Brasil, rompendo preconceitos.
Ressaltarão ainda que, mesmo com o anúncio da medida, nada muda na prática e os pacientes poderão continuar o tratamento com canabinoides e não apenas um dos canabinoides, o CBD, como prevê a nova regulamentação. As inscrições podem ser feitas pelo link do Sympla.
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Sabe-se que esse tipo de tratamento já é algo muito avançado em outros países como EUA, Canadá e Alemanha, importante a milhares de pacientes no mundo todo tratados com os canabinoides da planta.
Por isso, na mesa redonda, os especialistas irão explicar por que anúncios como esse atrapalham a sociedade como um todo de avançar, reforçando preconceitos, e inibindo a atuação de novos médicos que buscam ingressar nessa área.
Hoje, menos de 4% dos médicos no Brasil já prescreveram ou prescreveram Cannabis medicinal.
Essa situação torna-se ainda mais grave se considerarmos que, segundo a Anvisa (2022), 15 milhões de brasileiros podem ser beneficiados com tratamentos à base de Cannabis.
Entre eles, pacientes com diversas doenças, tais como autismo, Parkinson, Alzheimer, dores crônicas, doenças oncológicas, depressão, ansiedade, insônia e muitas outras.
Além disso, tais resoluções geram dúvidas a inúmeros pacientes que já se beneficiam do tratamento, que ainda é pouco acessível e muito caro a quem quer utilizá-lo, por conta de todos esses empecilhos, como a desinformação e a legislação ultrapassada.
É por essa razão que os profissionais da área, desde médicos a advogados, têm se unido para debater o assunto. “Na próxima terça, esperamos atingir o máximo de pessoas com informações ricas, esclarecedoras e baseadas em evidências científicas, para que anúncios como esses não nos calem, não tirem nossa liberdade como médicos, e não nos impeçam de fazer o que mais almejamos, que é curar e tratar pessoas, a nossa missão profissional e de vida”, explica uma das participantes do debate, a Dra. Ailane Araújo, pioneira em Cannabis medicinal no Brasil e fundadora do Núcleo de Desenvolvimento em Medicina Canabinoide e Integrativa (NDMCI). Entre os participantes, nomes emblemáticos no setor da área médica e jurídica:
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Médicos
- Ailane Araújo, pediatra, nutróloga e médica funcional integrativa. Idealizadora e fundadora da Cannabis Academy, pioneira na educação para médicos no Brasil, e na prescrição de Cannabis medicinal. Presidente do Centro Brasileiro de Referência em Medicina Canabinoide (CBRMC) e do Núcleo de Desenvolvimento em Medicina Canabinoide e Integrativa (NDMCI).
- Ana Hounie, psiquiatra com expertise em TOC, síndrome de Tourette e Cannabis medicinal. É membro da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide (APMC).
- Flávio Alves, pediatra e neurologista infantil, professor assistente de Neurologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) e diretor Científico da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide (APMC).
- Mário Grieco, médico especializado em Clínica Médica, Saúde Ocupacional e Prescritor de Cannabis medicinal. Colaborador do ambulatório do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Diretor da clínica Cannabis Care.
- Rubens Wajnsztejn, neurologista, professor assistente de Neurologia, coordenador do Programa de Residência Médica em Neurologia Infantil e orientador permanente do programa de pós-graduação da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Diretor da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI).
- Wellington Briques, clínico geral e acupunturista, com especialização em Medicina Farmacêutica e Medicina Canabinoide. Atualmente é Chief Medical Officer do Instituto Butantan e médico na Clínica Integrativa Dr. Briques.
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Advogados
- Emílio Figueiredo, advogado especializado em Direito e Cannabis com responsabilidade social no Brasil. É fundador da Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas, um coletivo de juristas dispostos a construir uma nova realidade a partir da política de drogas.
- Rafael Vieira, advogado especializado em Direito à Saúde, com atuação de maneira consultiva, preventiva e contenciosa. É responsável pelo comitê jurídico do Núcleo de Desenvolvimento em Medicina Canabinoide e Integrativa (NDMCI).
Mesa Redonda | Os impactos da Resolução nº 2324/2022 do CFM à sociedade
Data: 25 de outubro de 2022
Horário: das 19h30 às 21h30
Formato: ao vivo, online e gratuito
Inscrições: https://www.sympla.com.br/mesa-redonda–os-impactos-da-resolucao–do-cfm-n-2324-a-sociedade__1764720
Contato para imprensa
Adriana Gemignani
(11) 97429-9557
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