Kenio Fonseca
A Educação Financeira é a melhor estratégia para ajudar o brasileiro a planejar a sua aposentadoria
Um dos assuntos mais frequentes atualmente é a Reforma da Previdência. Esta é uma mudança que se faz necessária porque a Previdência Social no Brasil funciona em um regime de repartição simples, no qual os trabalhadores que se encontram “na ativa”, custeiam aqueles que estão recebendo a aposentadoria, os quais também assim o fizeram em seus devidos anos de trabalho.
No entanto, este sistema possui limitações e, no caso do Brasil, a situação ficou bem crítica. Dados do IBGE mostram que na década de 1960 a média de filhos por família era de 6,3 e atualmente caiu para 1,9. Outro comparativo é expectativa a média de vida. Em 2017 era de 76 anos e na década de 1960, em torno de 48 anos.
Estes dados mostram que, gradativamente, o número de novos contribuintes vem proporcionalmente diminuindo e a contagem de idosos segue aumentando. Esta combinação simples gera um grande déficit previdenciário, sem contar as aposentadorias especiais e os que recebem benefícios extras e salários da ativa.
Somente por estes dois pontos a Reforma já seria muito importante. No entanto, o especialista em finanças Kenio Fonseca, sócio e assessor da Ethimos Investimentos, lembra que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou que em 2050 o Brasil terá em torno de 17% do PIB em gastos com a previdência, sendo este o maior índice entre os países do G20.
“O brasileiro precisa receber uma educação financeira adequada. Precisa descobrir os juros compostos, parar de poupar e passar a investir, com propósito e responsabilidade. Só assim terá o seu futuro e o da sua família assegurado sem depender do Governo”, observa.
Falta de renda não é empecilho para investir
Para Kenio, afirmações como a de que o brasileiro não tem condições para investir não se justificam. “Exatamente por não ter renda é que o brasileiro necessita da educação financeira. Existem oportunidades de investimentos via Tesouro Direto a partir de R$ 30,00”, salienta. Nesta plataforma são disponibilizados os títulos do Tesouro, como a NTN-B, que possuem rentabilidade superior à poupança e vencimento até 2055.
Segundo ele, existem outras alternativas em relação à Previdência Social. “Empresas que possuem lucro real estão ajudando seus funcionários a aplicarem em previdência privada (plano chamado de Instituído) e assim deduzem de seu Imposto de Renda, bem como os colaboradores podem fazê-lo se tiverem declaração completa de IR”, exemplifica.
Kenio vai além. De acordo com ele, caso a empresa seja de lucro presumido, ela pode emprestar o CNPJ para que se monte um grupo de funcionários e assim apliquem via previdência privada com menores taxas (Plano chamado de Averbado). “Necessitamos urgente de uma Reforma da Previdência em todos os segmentos, mas, sobretudo precisamos de uma educação financeira para os brasileiros e este é o nosso trabalho: ajudar as pessoas a terem um futuro com mais qualidade”.
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