Operações da Polícia Federal – Novo movimento no Brasil requer que os escritórios de Direito Penal da região se especializem em expertises e ferramentas tecnológicas
Cada vez mais a Polícia Federal deflagra operações que envolvem bilhões de reais fora das grandes capitais. O interior do Estado de São Paulo registrou várias prisões de suspeitos de grandes crimes nos últimos meses. Operações como a Black Flag (Campinas), Botter (Sorocaba e Tatuí), Combustão (Paulínia), Ouro Verde (Campinas) e Saldo Negativo (Ribeirão Preto) são algumas delas.
O criminalista Dr. Ícaro Batista Nunes atribui as fartas detenções à redução da impunidade. “Antes as investigações eram adstritas às capitais. Hoje, com a disseminação das apurações e buscas, está mais difícil passar imune a irregularidades”, observa.
“Podemos dizer que o Mensalão, seguido pela Operação Lava-Jato, são divisores de águas na evolução da justiça contra a corrupção. Personalidades brasileiras que antes não eram alcançadas nas investigações da Polícia Federal (PF), Receita Federal, Ministério Público Federal (MPF) e Justiça Federal agora são incluídas. “As inspeções das instituições federais se modernizaram e exploram as possibilidades que a tecnologia fornece. O ‘pente mais fino’ e esbarrando em ‘celebridades’”, ressalta o advogado.
Esse novo movimento no Brasil, de acordo com o Dr. Ícaro, requer que os escritórios que prestam assistência focada em Direito Penal se aperfeiçoem. Segundo ele, a defesa criminal sempre foi um segmento da advocacia cuja demanda é maior que os prestadores deste serviço. E agora, com a necessidade de o advogado ser especializado, a escassez deste mercado aumentou.
Dr. Ícaro destaca que para criar defesas voltadas a crimes financeiros ou de colarinho branco, a equipe de um escritório criminal precisa entender não só de Direito Penal, mas também de Tributário, de Contabilidade e de Direito Empresarial. Além disso, o escritório também precisa acompanhar a atualização das ferramentas tecnológicas que dão acesso a perícias, investigações, provas e demais documentos do processo.
“Por conta da agilidade da dinâmica e do sigilo desses casos, o advogado tem que ser experiente e rápido em sua atuação. Não dá para ficar delegando a outros profissionais”, frisa.
Sobre o Dr. Ícaro Batista Nunes
Graduado em Direito pela Facamp e pós-graduado em Processo Penal pela Universidade de Coimbra, Dr. Ícaro Batista Nunes é especialista em Direito Penal Econômico pela Fundação Getúlio Vargas e está fazendo mestrado, também em Direito Penal Econômico pela Fundação Getúlio Vargas, com o tema “Lavagem de dinheiro em escritórios de advocacia”. O Dr. Nunes ainda é professor de Direito Penal de Graduação e Pós-Graduação, membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais – IBCCrim, e da Comissão de Direito Penal Econômico da OAB/SP, Subseção de Campinas/SP; palestrante e autor de diversos artigos na sua área de atuação.
Ícaro Batista Nunes Advogados
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